Crise de segurança no Equador: Presidente declara estado de emergência
O presidente do país, Daniel Noboa, decretou estado de emergência por 60 dias
O Equador enfrenta um momento de caos contra o crime organizado. Na terça-feira, 09, em Guayaquil, maior cidade do país, um grupo de homens armados invadiu um estúdio de uma emissora de TV durante uma transmissão ao vivo.
Revoltas eclodiram em diversas prisões, acompanhadas por explosões, saques, tiroteios e veículos em chamas em várias cidades do país. O presidente do país, Daniel Noboa, decretou na segunda-feira (08), estado de emergência por 60 dias, instituindo um toque de recolher obrigatório em nível nacional e autorizando os militares a patrulhar as ruas e assumir o controle das prisões. Noboa também mobilizou milhares de policiais e militares para buscar o líder da gangue, Adolfo Macías, conhecido como Fito.
Fito é um dos chefões mais notórios do narcotráfico no país, sendo o líder do grupo Los Choneros. Ele foi encontrado desaparecido de sua cela em uma prisão lotada em Guayaquil, onde cumpria pena de 34 anos por tráfico de drogas e outros crimes. Acredita-se que ele tenha sido uma das primeiras gangues equatorianas a estabelecer laços com os cartéis de drogas mexicanos.
A imprensa equatoriana afirma que 11 pessoas morreram na cidade de Guayaquil e 2 na cidade de Nobol.
O governo brasileiro expressou em nota sua preocupação e condenação às ações de violência realizadas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador.
“O governo segue atento, em particular, à situação dos cidadãos brasileiros naquele país. O plantão consular do Itamaraty pode ser contatado no número +55 61 98260-0610, inclusive via WhatsApp.”
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.