Moradores de favelas e periferias tem uma nova opção para aquisição de crédito
De acordo com pesquisa, 34 milhões de pessoas não acessam ou acessam de maneira precária serviços bancários oferecidos pelos bancos tradicionais
Com as novas tecnologias bancárias e o acesso simplificado aos meios de recebimentos e pagamentos dos últimos anos, algumas pessoas deixaram de guardar dinheiro em casa e optaram pela bancarização. Porém, há uma parte da população que ainda não consegue acessar esse tipo de serviço.
É o caso da auxiliar de limpeza, moradora da favela de Paraisópolis, Luana da Conceição (36), casada e mãe de três filhos. Ela estudou até o 6º ano do Ensino Fundamental e precisou interromper os estudos para trabalhar: “Toda vida trabalhei e tive minha carteira assinada, nunca fiquei sem emprego desde que cheguei em São Paulo. Tentei pedir um empréstimo para me ajudar com as contas que estavam apertadas em casa, mas o que recebi foi um ‘não é possível emprestar devido seu score está baixo’”, conta Luana.
A realidade da Luana é a mesma de outras 34 milhões (21%) de pessoas desbancarizadas, segundo Instituto Locomotiva. Isso significa que essas pessoas têm acesso precário aos serviços bancários e ainda assim, movimentam R $347 bilhões por ano. A pesquisa apontou que do total de desbancarizados, 16,3 milhões de pessoas não possuem nenhuma conta em banco e as outras 17,7 milhões são sub-desbancarizadas, ou seja, possuem contas, mas não conseguem acessar os produtos e serviços oferecidos pelos bancos.
Jaqueline Amorim (26), casada, mãe de um menino e representante G10 Bank, conhece bem a dificuldade que a população mais pobre tem, quando o assunto é crédito bancário. Nascida e criada em Paraisópolis, ela sabe que o sistema financeiro no Brasil é excludente e caro. Todos os dias, ela atende e orienta as mulheres da comunidade, que buscam crédito a preço justo e sem burocracia.
“É possível realizar o sonho das pessoas que vivem nas favelas. O G10 Bank foi criado com esse objetivo, oferecer opções por meio dos produtos como empréstimos e consórcio, com processos menos burocráticos para o pequeno empreendedor e morador de favela”, afirmou Jaqueline Amorim, do G10 Bank.
Além de oferecer serviços bancários acessíveis, o G10 Bank acaba de lançar o Consórcio G10, em parceria com a fintech Eutbem. Graças a parceria, os moradores das favelas podem comprar cotas a partir de R$99 mensais, e ainda tem a opção de adquirir cartas de crédito sem juros, para possam realizar o sonho da casa própria, carro e até viagens em família.
Repórter do jornal Espaço do Povo há 1 ano e apresentadora do programa Saúde Mulher Moderna e Bem Informada no Facebook.