Governo Federal autoriza importação de até 1 tonelada de arroz 

 Governo Federal autoriza importação de até 1 tonelada de arroz 

Imagem: Campo de arroz. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

O objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto

O governo federal autorizou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) importe até um milhão de tonelada de arroz beneficiado ou em casca para recomposição dos estoques públicos. A medida provisória nº 1.217 foi publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira, 9. A decisão do governo tem como objetivo de enfrentar as consequências sociais e econômicas derivadas de eventos climáticos no estado do Rio Grande do Sul.

Responsável por cerca de 68% do arroz produzido no Brasil, o estado tem sofrido com alagamentos que já atingiram 447 dos 497 municípios, 538.241 pessoas estão desalojadas e 2.115.703 foram afetadas. O número de mortes chegou a 147, segundo dados do boletim atualizado divulgado na tarde de hoje, 13, pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul. 

De acordo com o texto da medida provisória, a compra será feita por meio de leilões públicos a preço de mercado e os estoques serão destinados, preferencialmente, à venda para pequenos varejistas das regiões metropolitanas. 

“Neste momento a medida vem para evitar qualquer especulação com o preço do arroz. Também já conversei com os produtores para deixar claro que não é para concorrer com o nosso arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, explica o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Além da comoção nacional e campanhas de arrecadação de doações em prol das vítimas, a situação no Sul levantou preocupações a respeito do abastecimento do produto nos supermercados. Pelas redes sociais, circularam imagens de estabelecimentos limitando a quantidade de vendas de arroz, o que gerou preocupação nos brasileiros. No entanto, associações de supermercados negaram risco de desabastecimento de produtos e pediram aos consumidores que não estocassem alimentos. 

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