Março Azul: mês de conscientização e prevenção ao câncer de intestino 

 Março Azul: mês de conscientização e prevenção ao câncer de intestino 

Crédito: Tânia Rêgo /Agência Brasil

Em média, 265 brasileiros são internados todos os dias no Sistema Único de Saúde (SUS) por complicações graves relacionadas ao câncer de intestino.

No ano passado, esse número atingiu o maior patamar da década, e dados preliminares de óbitos pela doença indicam que, em 2021, a tendência também foi recorde histórico.

É o que mostra um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), entidades médicas realizadoras da campanha Março Azul, de conscientização e prevenção ao câncer de intestino, também conhecido por colorretal.

Segundo os médicos, os registros de internação trazem números alarmantes: foram 768.663 hospitalizações só no SUS para o tratamento dessa doença entre 2013 e 2022, com impacto financeiro e prejuízos imensuráveis para milhares de famílias brasileiras. Já os dados de mortalidade decorrentes desse tipo de neoplasia indicam que, somente em 2021, foram registrados 19.924 óbitos por câncer do cólon, da junção retossigmoide e do reto. Os casos aumentam, em média, cerca de 5% a cada ano, tendo sido observado um crescimento de 40% em relação aos casos registrados em 2012 (14.270).

Os números foram divulgados pela SOBED, SBCP e FBG, que uniram esforços para alertar os brasileiros para a importância do diagnóstico e do tratamento precoces para esta doença. Apesar de pouco discutida, a doença – que atinge o reto e intestino – já ocupa lugar de destaque entre as neoplasias mais letais para homens e mulheres no Brasil.

“O diagnóstico de câncer colorretal não é sentença de morte! No entanto, é um problema de saúde que, se não for bem tratado, pode ter consequências sérias para o bem-estar do paciente”, alerta o médico e coordenador da campanha Março Azul, Marcelo Averbach. Para ele, além de serviços que ofereçam acesso ao atendimento qualificado no diagnóstico e no tratamento, é preciso investir em estratégias de prevenção. “Quanto mais cedo forem descobertos, maiores são as possibilidades de intervenção e cura”.

Como formas de prevenir o surgimento de novos casos, as entidades médicas ressaltam a pertinência de campanhas que orientem os brasileiros sobre o combate ao tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, consume excessivo de carnes vermelhas e dieta pobre em fibras, entre outros. Todos esses fatores são considerados de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, sendo que sua eliminação do cotidiano dos indivíduos constitui medidas de primeiro nível para a proteção.

FONTE: Março Azul

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Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.

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