Julho Amarelo: mês de conscientização sobre hepatites virais
No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou na terça-feira (04), a lei que institui Julho Amarelo no país, mês destinado à luta contra as hepatites virais, com o objetivo de conscientizar sobre os riscos da doença, nas formas de prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos.
As atividades do Julho Amarelo também vão incluir iluminação de prédios públicos com luzes de cor amarela, a promoção de palestras e atividades educativas, veiculação de campanhas de mídia e realização de eventos.
As ações serão desenvolvidas em acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de modo integrado, em toda a administração pública e, em particular, com instituições da sociedade civil organizada e organismos internacionais.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública. Geralmente, são assintomáticas. No Brasil, as mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas.
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que cerca de 240 milhões de pessoas são acometidas por infecção crônica do vírus B, responsável por 47% das mortes relacionadas às hepatites virais. Outras 150 milhões de pessoas têm infecção crônica pelo vírus C, responsável por 48% das mortes por infecções desses vírus.
O impacto dessas doenças acarreta aproximadamente 1,4 milhão de mortes anualmente no mundo inteiro, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada. A taxa de mortalidade pode ser comparada ao HIV e à tuberculose.
A vacina é a principal medida de prevenção da hepatite B, que, entre os anos de 2000 a 2021, registrou mais de 264 mil pessoas diagnosticadas com o vírus no país. Para a hepatite C, o desafio é a testagem de detecção do marcador da doença. Em caso positivo, o tratamento é feito com os chamados antivirais de ação direta durante 12 semanas. A hepatite C é considerada uma epidemia mundial. No Brasil, foram notificados mais de 279 mil casos entre os anos de 2000 a 2021.
Daqui em diante, com a lei em vigor, as ações serão realizadas anualmente, com o foco de aumentar o número de pessoas diagnosticadas, para assim receberem tratamento e serem curadas, já que a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é eliminar as infecções por hepatite B e C, até 2030.
FONTE: Ministério da Saúde
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.