Greve de trem e metrô paralisa serviços em São Paulo
Unidades de saúde, escolas estaduais e PoupaTempo são afetados pela paralisação desta terça feira (03)
A greve dos metroviários que acontece nesta terça-feira (3), afetou cerca de 4,2 milhões de passageiros que utilizam trem e metrô no estado de São Paulo. Devido ao impacto sofrido pela paralisação do transporte sobre trilhos, o Governo Estadual de São Paulo decretou ponto facultativo em todo o estado, escolas estaduais e unidades de Poupatempo tiveram atividades suspensas até que a greve termine.
Creches e escolas municipais da capital paulista funcionam normalmente, assim como as escolas particulares. Porém, as escolas estaduais estão com as aulas suspensas na cidade de São Paulo e região metropolitana.
As unidades municipais de saúde funcionarão normalmente, porém as unidades estaduais, como os Ambulatórios Médicos Especializados (AME´s) aderiram ao ponto facultativo, assim exames e consultas deverão ser remarcados. Outro serviço que foi paralisado é o Poupatempo, todos os atendimentos que foram agendados deverão ser remarcados.
Nesta terça-feira, o rodízio de carros foi suspenso na capital paulista para veículos com placas final 3 e 4, mas continua valendo para veículos pesados (caminhões), além da área de circulação restrita dentro da cidade para fretados e caminhões.
Motivo da greve
A greve acontece por conta dos planos do Governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, que deseja entregar o Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) à iniciativa privada. O Sindicato dos Metroviários e Ferroviários alega que a privatização do transporte sobre trilhos não irá melhorar o serviço, pelo contrário.
Um dos argumentos usados pelos metroviários contra a privatização do transporte por trilhos é exemplo da empresa ViaMobilidade, que administra as linhas 8 Diamante e 9 Esmeralda.
Um estudo feito pela TV Globo, revela que entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, foram identificadas 132 falhas no serviço da ViaMobilidade na operação da a Linha 9 Esmeralda, entre as estações Vila Natal e Osasco. Este número é sete vezes maior que o apresentado pela CPTM no último ano de administração da mesma linha, antes que fosse privatizada.
O fato gerou uma solicitação formal pelo Ministério Público de São Paulo à Secretaria de Transportes Metropolitanos pelo rompimento da concessão, com o argumento de que a ViaMobilidade não está cumprindo com os acordos contratuais.
Repórter do Espaço do Povo, é cria do Jardim Ângela, formado em jornalismo e tem vivência em redação e assessoria de imprensa.