É muito comum em época de eleição que a comunidade de Paraisópolis seja tomada por cartazes, cavaletes, placas, santinhos e até candidatos a diferentes cargos políticos, tornando-se um verdadeiro paraíso das oportunidades para quem está à procura de voto.
Por concentrar mais de100 mil habitantes, a segunda maior comunidade de São Paulo tem atraído cada vez mais o olhar e a atenção de muitos candidatos adeputado, governador, senador e presidente. Muitos deles, inclusive, até visitam a comunidade e prometem mundos e fundos se forem eleitos.
Caminhar pela comunidade, acenar para os moradores e ouvir algumas das muitas reivindicações é o suficiente para conhecer profundamente as verdadeiras necessidades de seus moradores?
Vir apenas um dia durante a campanha é o suficiente para ajudar toda essa população que sofre com a falta de moradia, de vagas em creches, de escolas e até atendimento médico?
Faça o teste e pergunte aos visitantes “preocupados“ com a comunidade qual o nome da rua em que eles estão, a resposta será um bom indicativo de quanto eles conhecem a comunidade, mas não basta só isso, deve ter um verdadeiro compromisso.
Está na hora de termos um olhar mais crítico. Pesquisar, ler e se interessar por política. Ao invés de termos aquela visão de que político é tudo igual, que não presta, que não está nem aí para os pobres e que quer apenas o nosso voto, que tal pararmos para analisar cada um deles, suas propostas e ideias?
Que tal pesquisarmos um pouco da história de vida e propostas de cada candidato que chega à Paraisópolis à procura de voto? Ou até mesmo expor as verdadeiras necessidades e cobrar tudo aquilo que cada um deles promete? Isso não é algo fora de nosso alcance. Basta apenas termos vontade. Vontade de votar, de cobrar, de conhecer, e, principalmente, vontade de fazer diferente na hora do voto.
O dia 5 de outubro está aí. Essa será a nossa oportunidade de demonstrar toda a indignação com o modo como nós e nosso país estamos sendo tratados. Será a hora de definirmos o nosso destino para os próximos anos. Não podemos ficar de braços cruzados, temos que arregaçar as mangas e tentar fazer diferente, e isso só será possível com o VOTO!
E, para quem acha que a comunidade só importa nesse período, pode ir se preparando, pois quando o povo quer, ninguém domina.