foto(2) — Para votar, o morador deve dirigir-se a um dos pontos de votação, das 10h às 17h. O voto é secreto e é feito por meio de uma cédula, em que o eleitor assinala com um (X) a chapa escolhida (Foto: Joildo Santos)

Ei morador! Você sabia que a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP) realizará eleições para eleger sua diretoria? Isso mesmo, no dia 07 de dezembro todos os moradores que quiserem participar de um processo tão importante para a comunidade como este, terão a oportunidade de escolher, por meio do voto, as pessoas que os irão representar nos próximos três anos à frente da segunda maior comunidade de São Paulo.

Criada em 1983 por meio da mobilização dos moradores de uma comunidade que havia acabado de se formar, hoje a União dos Moradores representa uma importante ferramenta na luta pela conquista dos direitos dos moradores e é responsável por muitos projetos e transformações garantidas à comunidade nos últimos anos, principalmente nos últimos dez, com a chegada da urbanização.

O que começou apenas como um movimento para impedir a retirada dos moradores do terreno onde hoje vivem mais de 100 mil habitantes, foi ganhando força e transformando Paraisópolis em um local digno de viver. Isso porque os moradores perceberam que organizados era a forma que eles tinham de garantir seus direitos básicos. E por meio dessa luta foi possível fazer com que a voz de mais de 100 mil pessoas fosse escutada pelo poder público, como é até hoje.

Responsável pela grande mudança que a comunidade vive atualmente, a União dos Moradores também trouxe inúmeros projetos sociais que hoje beneficiam diretamente mais de 5 mil famílias na comunidade, além de projetos de educação e inserção no mercado de trabalho, como a Agência Comunitária de Empregos e a Escola do Povo, responsável pela alfabetização de 3.479 moradores, projetos que contribuem diretamente no desenvolvimento social e educacional da comunidade.

Mesmo sabendo de todas as conquistas garantidas pela associação, por não ser obrigatória, muitos moradores não participam da eleição, e deixam de escolher os seus representantes. A Comissão Eleitoral, presidida por Ilda Fiore, reconhece que a participação do morador torna-se um desafio pelo fato da iniciativa de querer mudanças
e melhorias para a comunidade ter que partir dele mesmo, com isso, acredita que deve haver uma mobilização das chapas e candidatos envolvidos, para que o próprio morador tenha o interesse em votar e escolher o melhor candidato para representá-lo.