Mapa interativo: Socorro rápido contra acidentes com animais peçonhentos em SP

 Mapa interativo: Socorro rápido contra acidentes com animais peçonhentos em SP

Crédito: Arquivo Agência Brasil

Crianças de até 10 anos precisam receber o soro antiescorpiônico em até 1h30 após terem sido picadas por escorpião

No Estado de São Paulo, em 2023, foram registrados mais de 70 mil acidentes com animais peçonhentos, resultando em 23 óbitos, sendo 444 casos na capital. A Secretaria de Saúde lançou o Mapa Interativo, facilitando a localização de 220 pontos de atendimento soroterápico. 

Desenvolvido pelo CVE, o mapa busca agilizar o atendimento, especialmente durante o período quente e chuvoso, quando esses acidentes são mais comuns. A médica veterinária Gisele Freitas destaca a relação entre urbanização, desmatamento e aumento de casos. “O aumento da oferta de detritos alimentares proporciona um ambiente ideal para a proliferação de roedores e baratas, que por sua vez possibilita aumento do número de serpentes, escorpiões e aranhas em convívio mais próximo com o ser humano”, explica a médica veterinária.

Além de facilitar a localização dos pontos de distribuição de soro, o Mapa Interativo visa diminuir o tempo entre o acidente e o tratamento, possibilitando que a vítima seja levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo e receba os cuidados adequados em um menor espaço de tempo. 

Crianças de até 10 anos precisam receber o soro antiescorpiônico em até 1h30 após terem sido picadas por escorpião. “Se uma criança saudável começar a chorar intensamente e aparentar muita dor, é necessário pensar em acidente com escorpião e procurar atendimento médico imediatamente”, alerta a especialista.

Para acessar a ferramenta, clique no endereço: https://cievs.saude.sp.gov.br/soro/

Dicas para prevenir acidentes

De acordo com a Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), até 16 de janeiro deste ano, foram registrados 472 casos, sendo 317 envolvendo escorpiões e os demais por animais como aranha-marrom, aranha-armadeira e serpentes.
“Neste período do ano, há condições climáticas propícias para a reprodução dos animais, uma vez que altas temperaturas e precipitações favorecem condições ambientais e maior disponibilidade de alimentos”, afirma a médica veterinária.

Confira as orientações para prevenir os acidentes

. Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem;
. Examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las;
. Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários;
. Não acumular entulhos e materiais de construção;
. Limpar regularmente móveis, cortinas, quadros, cantos de parede;
. Vedar ralos, frestas e buracos em muros, paredes, assoalhos, forros e rodapés;
. Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto às casas e manter a grama sempre cortada;
. No amanhecer e no entardecer, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins, pois é nesse momento que serpentes estão em maior atividade;
. Não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local para a remoção.

O que fazer em caso de acidente?

. Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento adequado em tempo;
. Lavar o local da picada com água e sabão;
. Não fazer torniquete ou garrote;
. Não furar, cortar, queimar, espremer ou fazer sucção no local da ferida;
. Não aplicar folhas, pó de café ou terra (pode provocar infecções);
. Não ingerir bebida alcoólica, querosene ou fumo, como é costume em algumas regiões do país;
. Se não oferecer risco, condicionar o animal em frasco tampado ou fotografá-lo para facilitar a identificação e tratamento adequado.

Fonte: Secretaria Estadual da Saúde

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Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.

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