Bolsa de Valores das Favelas permite que investidores sejam sócios de negócios promissores
Startup de logística de Paraisópolis dá retorno financeiro acima dos índices do mercado e supera expectativas de investidores
“Na sua 2ª distribuição de resultados referente ao período de setembro a novembro de 2022, o retorno para quem investiu na Favela Brasil Xpress foi de 3,70%. Esse resultado superou outros índices no período: CDI 3,15%, Poupança 2,10%, IPCA 0,70% e Ibovespa 2,71%. O resultado consolidado dos primeiros seis meses mostra a consistência e seriedade do negócio.” afirma Jojo Wachsmann, CIO da Empiricus Investimentos.
A Favela Brasil Xpress (FBX), startup de logística criada para solucionar problemas de entregas nas comunidades brasileiras, foi a primeira empresa de impacto social a entrar na Bolsa de Valores das Favelas, do G10 Favelas, lançada em 2021.
Quem investiu na FBX já começou a ter retorno financeiro de forma rápida e fácil, além de apoiar um empreendimento que gera impacto em oito favelas do país. O valor está disponível a partir deste mês e os investidores podem fazer o resgate do segundo repasse, que pode ser transferido para a carteira digital, investido em novos projetos com captação aberta ou destinado para uma conta bancária.
A Bolsa de Valores das Favelas permite que qualquer pessoa possa investir em negócios de impacto social que fazem parte do bloco de líderes empreendedores das comunidades do Brasil e a Favela Brasil Xpress é um desses negócios. A empresa de logística atende a população das favelas espalhadas pelo Brasil, entre elas estão as comunidades de Paraisópolis (SP), Cidade de Deus (AM), Sol Nascente (DF), entre outras. A startup, que já ultrapassou a marca de 1,5 milhão de pacotes entregues, e ao entrar para a Bolsa de Valores das Favelas, chegou a captar cerca de R$ 900 mil, o que representa um ticket médio de R$ 1.066,00. Ao todo, foram 844 investidores, sendo que 69% são iniciantes.
O investimento na Bolsa de Valores das Favelas é feito pela plataforma Divi Hub através da compra de DIVIs, que é uma fração de cada negócio, pelo preço de R$10 cada, já com as formas de remuneração para o investidor, funciona como uma fatia das receitas ou dos lucros. Isso permite que os investidores sejam sócios de negócios promissores privados dentro das favelas.
De acordo com o presidente do G10 Favelas e fundador da Bolsa de Valores das Favelas, Gilson Rodrigues, além de mostrar o potencial da economia que circula dentro das comunidades, a iniciativa gera trabalho e renda, ao contribuir para que os empreendedores possam impulsionar seus negócios nos territórios onde atuam. “A maioria das pessoas que vive nas favelas sonha em empreender, mas não tem oportunidade com relação a crédito, mentoria e formação. A Bolsa de Valores das Favelas faz essa ponte e conecta investidores com startups que querem se desenvolver”, finaliza Gilson Rodrigues.