São Paulo registra aumento de quase 40% da população de rua
A pandemia de Covid-19, levou muitas pessoas a perderem suas moradias.
De acordo com estudo do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População de Rua (Obpoprua), na cidade de São Paulo, mais de 48 mil pessoas vivem nas ruas. Já o Estado de SP teve um crescimento de 38% entre 2019 e 2022, atingindo 281.472 mil pessoas nessas condições.
Além disso, outro levantamento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) revelou que 70,9% dessa população estava envolvida em alguma atividade remunerada, e 58,6% tinham uma profissão.
A exclusão social que a população em situação de rua enfrenta é um reflexo da falta de recursos para adquirir moradia. Muitos não têm outra opção a não ser as ruas das cidades. Os motivos que levam alguém a viver nas ruas são diversos e incluem a ausência de apoio familiar, desemprego, violência e dependência química.
A situação socioeconômica precária, agravada por eventos recentes, como a pandemia de Covid-19, levou muitas pessoas a perderem suas moradias e agora vivem nas ruas.
Um relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em dezembro do ano passado mostrou um aumento significativo nos registros do Cadastro Único (CadÚnico) nos últimos dois anos. O CadÚnico é um instrumento essencial para registrar e apoiar famílias e indivíduos de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade.
É importante notar que somente em 2010 a população em situação de rua foi incluída no Cadastro Único e, em 2011, conquistou o direito de acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo sem comprovante de residência. Em 2012, os Consultórios na Rua (CnR) foram regulamentados com o objetivo de melhorar o acesso dos que vivem nas ruas aos serviços de saúde, oferecendo atenção integral à saúde a esse grupo vulnerável.
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.