Número de mortos pela PM de São Paulo dobra no primeiro semestre de 2024
Apenas na capital paulista, foram 125 mortes causadas por policiais em serviço, aumento de 98%
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o número de pessoas mortas pela Polícia Militar dobrou no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior, as mortes passaram de 155 para 301 este ano, um crescimento de 94%. Na capital paulista o número é maior, aumento de 98,5% em mortes causadas por policiais.
Na soma dos últimos seis meses, esse é o maior número de mortes causadas pela polícia militar desde o primeiro semestre de 2020, quando 435 pessoas foram mortas pela PM de São Paulo. Em 2024, o primeiro semestre havia registrado crescimento de 138% em mortes, em todo Estado 179 pessoas perderam a vida em ações policiais, contra 75 no mesmo período em 2023, de acordo com dados do Governo do Estado de São Paulo.
Em 2022, antes do início da gestão do Governador Tarcísio de Freitas, o estado de São Paulo apresentou 123 mortes no primeiro semestre, na capital paulista foram 41 óbitos.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo emitiu nota sobre o assunto.
São Paulo é o estado com as menores taxas de casos e vítimas de homicídios dolosos do país, sendo também o ente federativo com a menor taxa de mortes intencionais, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os dados mostram que os indicadores nacionais para casos e vítimas são 3,1 vezes maiores do que a média paulista, enquanto a taxa de mortes intencionais no Brasil é 2,9 vezes mais alta que a estadual.
Para reduzir a letalidade, a pasta investe continuamente na capacitação do efetivo, aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo e em políticas públicas. Além disso, os cursos ao efetivo são constantemente aprimorados e comissões direcionadas à análise dos procedimentos revisam e aprimoram os treinamentos, bem como as estruturas investigativas. É importante ressaltar que os casos de Morte Decorrente de Intervenção Policial – MDIP são consequência direta da reação violenta dos criminosos à ação das forças de segurança. Por determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), todos os casos do tipo são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das respectivas corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Suporte emocional: A Polícia Militar tem ampliado as iniciativas já existentes de suporte ao bem-estar e atendimento psicológico aos policiais militares da ativa por meio do seu Sistema de Saúde Mental (SISMen), que disponibiliza atendimento psicossocial no Centro de Atenção Psicológica e Social (CAPS), na capital, e também em 41 Núcleos de Atenção Psicossocial em todas as regiões do estado. Além disso, há o serviço de telepsicologia, com atendimento psicoemocional de policiais da ativa ou da reserva com agendamento e consultas online.
Por parte da Polícia Civil, no Departamento de Administração e Planejamento (DAP), há uma Divisão de Prevenção e Apoio Assistencial, na qual psicólogos e assistentes sociais ficam disponíveis para atender seus policiais. A SSP também realiza periodicamente seminários, palestras e aulas, e disponibiliza cartilhas nas academias que buscam levar aos profissionais informações de caráter preventivo.
Repórter do Espaço do Povo, é cria do Jardim Ângela, formado em jornalismo e tem vivência em redação e assessoria de imprensa.