Paraisópolis ganha agência de marketing de influência de favela
Cria de Favela, nova agência do grupo Cria Brasil, chega no mercado de influência para romper muros separatistas
Segundo um estudo da Nielsen, o Brasil é o país dos influenciadores e possui, em média, 10,5 milhões de pessoas, com pelo menos 1 mil seguidores cada uma delas. Porém, mesmo com um país tão diverso sendo o campeão de influência, a falta de representatividade ainda é um grande problema na publicidade. Pensando nisso, o Cria Brasil, um grupo de comunicação de território que nasceu em 2012, lançou no mercado uma marca focada em marketing de influência e casting de favela e periferia, com o intuito de ser uma ponte para marcas e agências de propaganda.
A nova empresa chega para somar a um trabalho que vem sendo realizado pelo grupo Cria Brasil, desde 2012 e, que tem por intuito mostrar para ao mercado publicitário a importância de estar presente e ativo nos territórios periféricos, pois as favelas possuem um potencial de compra de R$ 179 bilhões, ou seja, trata-se de uma população ativa economicamente e que, muitas vezes, é esquecida pela publicidade. Para Joildo Santos, CEO e Fundador do grupo Cria Brasil, dar visibilidade para produtores de conteúdo das mais diferentes temáticas com o público de favela como protagonistas é uma das alavancas para mudar como o mercado “Observa que esse mundo, cada vez, mais tem revelado tendências de moda, estilo e práticas empreendedoras. Então, porque não ter pessoas desses territórios com visibilidade na publicidade” explica, Joildo.
A influência leva a conversão quando existe uma identificação com o produto ou com a empresa. Um estudo feito em 2019 feito pela Global Consumer Pulse, mostrou que 83% dos brasileiros preferem comprar de marcas que tenham propósitos que conversem com os seus. Por isso, a importância das empresas em mostrar a inclusão nos seus valores e em suas publicidades.
Há 10 anos, quando o grupo Cria Brasil iniciou seu trabalho de comunicação de território, o mercado publicitário era bem diferente, hoje, ele já se encontra muito mais aberto e inclusivo, mesmo que ainda falte um longo caminho à frente para ser percorrido. O grupo também faz parte do G10 Hub – Acelerador de Negócios, iniciativa que recebe o apoio do G10 Favelas.