Nesta quarta-feira (23/08) São Paulo poderá bater recorde de calor

 Nesta quarta-feira (23/08) São Paulo poderá bater recorde de calor

Crédito: Ronaldo Silva/Futura Press/ESTADÃO CONTEÚDO

A alta temperatura se dá pelo fenômeno El Niño, que é o aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador.

A onda de calor que se espalhou pelo Brasil nessa semana, elevou muito a temperatura no estado de São Paulo. Hoje (28), a cidade poderá registrar a mais alta temperatura de 2023,  com previsão de 34°C.  O recorde de calor atual é de 32,5°C, registrado em 16/01/23.

A temperatura de 34°C é muito acima do normal para o mês de agosto na cidade de São Paulo, quase 10°C acima da média histórica de temperatura máxima, que é de 24,5°C.  

De acordo com registros do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as maiores temperaturas em agosto já registradas em São Paulo, desde o início das medições, em 1943, foram:

1952 e 1955: 33,1°C (recorde histórico para agosto)

1963: 33,0°C (31/08/1963)

2021 e 1961: 32,8°C (28/08/1961 e em 26/08/2021)

2011: 32,7°C (30/08/2011)

2021, 2011 e 1994: 32,6°C (24/08/2021, 29/08/2011 e 31/08/1994)

2021: 32,4°C (25/08/2021)

Se a previsão de 34°C se confirmar, hoje passará a ser o dia mais quente de agosto já sentido no estado de São Paulo em 80 anos.

Entenda por que o tempo está atípico

A alta temperatura se dá pelo fenômeno El Niño, que é o aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador, podendo se estender desde a costa da América do Sul até o meio do Pacífico Equatorial. 

Normalmente, o El Niño começa a se formar no segundo semestre do ano. No período de atuação do fenômeno, as águas ficam, pelo menos, 0,5°C acima da média por um longo período, quase sempre variando entre seis meses a dois anos.

Impactos do El Niño

A cientista do Centro de Previsão Climática da NOAA, Michelle L’Heureux, alerta para os efeitos negativos do fenômeno. “Dependendo da força, o El Niño pode provocar uma série de impactos, como o aumento das chuvas fortes e secas, em determinados locais do mundo. O fenômeno pode, por exemplo, trazer novos recordes de temperatura em áreas que já experimentam valores acima da média”, ressalta Michelle.

No Brasil, o El Niño aumenta o risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do País. Vale lembrar que um único episódio do fenômeno não será capaz de provocar todos os impactos, mas aumenta consideravelmente as chances de ocorrência deles.

Fonte: INMET 

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