Mortalidade de quilombolas dispara em quatro anos, aponta pesquisa

 Mortalidade de quilombolas dispara em quatro anos, aponta pesquisa

ACEV Brasil/ Facebook

Pesquisa tem à frente a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas e Terra de Direitos

Na última sexta-feira, 17 de novembro,  a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Terra de Direitos, divulgaram a  nova edição da pesquisa Racismo e Violência contra Quilombos no Brasil. Em comparação aos anos de 2008 a 2017, os últimos cinco anos dobrou o número de assassinatos.

Em sua primeira edição, a pesquisa revelou que entre 2008 a 2017, ou seja, 10 anos, havia ocorrido o assassinato de 38 pessoas. A média anual que era cerca de 3,8 passou para 6,4 ao ano, triplicando o número de quilombolas assassinados. Ainda conforme a pesquisa, 70 quilombolas foram mortos.

Os estudos ainda apontam quais os estados com mais índice de violência contra quilombolas, sendo o Maranhão em primeiro lugar, com 9 mortos, seguido por Bahia, com 4, Pernambuco com 4, e Pará com 4, igualmente.

Outro dado que a Terra de Direitos trouxe é a porcentagem de mulheres quilombolas assassinadas, sendo que em 66% dos casos, elas foram mortas com a utilização de arma branca e métodos de tortura.

No estudo também é abordado que, além dos assassinatos, esses quilombolas tiveram violações dos direitos sofridos por comunidades em que a causa das mortes foi ocasionado por crimes.

 No Incra (Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária), das 26 comunidades em que houveram assassinatos, 10 estão sem o registro de assassinato. Outro ponto é que 70% dos assassinatos foram motivados por questões fundiárias.

Na página do Incra oficial, existem algumas declarações, como “de suma importância para a dignidade e garantia da continuidade desses grupos étnicos”. O site ainda disponibiliza documentos, como por exemplo, o acompanhamento de regularização quilombola e a relação de processos de regularização de territórios quilombolas abertos.

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Jornalista, criadora de conteúdo e escritora. Natural de São João da Boa Vista - SP, atua há mais de cinco anos com comunicação e jornalismo. Já atuou em veículos como Estadao e Diário de SP, onde cobriu entretenimento e cultura.

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