Hoje (29) é celebrado 20 anos da Campanha da Visibilidade Trans no Brasil
Pessoas trans têm uma expectativa de vida de cerca de 35 anos, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) está realizando uma série de atividades, em Brasília (DF), para celebrar os 20 anos da campanha da visibilidade trans, que é comemorado nesta segunda-feira (29).
Além de comemorar as conquistas de direitos, as ações vão discutir os desafios enfrentados pelas pessoas trans e promover debates sobre políticas públicas voltadas para esse público.
Nesta segunda-feira, durante a manhã, houve uma Sessão Solene em homenagem aos 20 anos da Visibilidade Trans e, em seguida, a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, conduziu um debate sobre a inserção de pessoas trans e travestis no mercado de trabalho.
A partir das 17h, ocorre um evento com a entrega do troféu Fernanda Benvenutty e o lançamento do dossiê com dados de mortes e violências contra pessoas trans no Brasil. Nesta terça-feira (30), acontecerá o seminário “Travestis e Mulheres Trans na Política Internacional”, na sede do MDHC, entre 9h e 13h, com transmissão ao vivo. Clique aqui para acompanhar o evento.
Na terça-feira (30), acontecerá o seminário “Travestis e Mulheres Trans na Política Internacional”, na sede do MDHC, entre 9h e 13h, com transmissão ao vivo. Clique aqui para acompanhar o evento.
Também fazem parte da campanha, ações nas redes sociais do MDHC para conscientizar a população sobre os direitos das pessoas transgênero no Brasil. “2024 será o ano das principais entregas da nossa Secretaria. Começar com as celebrações dos 20 anos da visibilidade trans é extremamente representativo e estratégico para a população LGBTQIA+. Convido todas as pessoas para prestigiar os momentos alusivos a essa data”, destaca a secretária Symmy Larrat, que é porta-voz das iniciativas.
De acordo com o MDHC, orgulho, existência, conscientização e resistência são os motes da campanha para ampliar a divulgação de informações, como, por exemplo, o que é uma pessoa trans? Como funciona o processo transexualizador? Quais são os tipos de violações mais sofridas pela população trans? No que avançamos? E quais são os desafios?.
O objetivo principal da campanha é trazer a reflexão sobre a importância da visibilidade, representatividade e luta por acesso à saúde, à educação, à geração de emprego e renda e ao enfrentamento ao preconceito e à discriminação, já que o Brasil é o País onde mais acontecem assassinatos a pessoas que pertencem a esse movimento, reforça o Ministério. Pessoas trans têm uma expectativa de vida de cerca de 35 anos, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
O Brasil registrou 4.482 violações de direitos humanos contra pessoas trans em todo o ano de 2023, denunciadas por meio do Disque 100. Para a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, é fundamental que as pessoas que presenciarem suspeitas ou casos de violências recorram ao Disque 100. “É por meio desse serviço que podemos ter a dimensão, em nível federal, de quais são os melhores passos a serem dados a fim de que tenhamos, cada vez mais, políticas mais eficientes e plurais”, afirma Symmy Larrat.
O Disque 100 é um canal gratuito e acessível, bastando discar 100. Outros meios oficiais para fazer denúncias sobre qualquer violação de direitos humanos são o WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo), e o próprio site do Ministério, clique aqui para acessar. Em todas as plataformas, as denúncias são gratuitas, anônimas e recebem um número de protocolo para que o denunciante acompanhe o andamento da denúncia.
Fonte: Agência Gov
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.