Favela Cria 24: o terceiro dia de evento foi marcado por debates sobre audiovisual e publicidade
Neste sábado (17) acontece o terceiro dia do Favela 24, evento que acontece na favela de Paraisópolis , debatendo sobre comunicação de impacto, cultura, empreendedorismo, moda e sobre necessidade de inovações dentro e fora da periferia de uma maneira diversa, aproximando nomes conhecidos do mercado de comunicação à periferia da cidade de São Paulo.
A primeira roda de conversa “A importância das relações públicas na construção de pautas inclusas” contou com a participação de Cristina Carvalho, Patricia Santana e Paula Cohn Mor. O painel abordou questões sobre a inovação dentro do mercado de assessoria de imprensa, a importância de uma comunicação efetiva entre o mercado e a imprensa, além da necessidade de repensar as pautas de inclusão dentro e fora das agências de comunicação brasileiras.
“Existia uma dificuldade há 20 anos, em dizer que as empresas não queriam conhecer as comunidades, existia também um preconceito da imprensa”. Paula Cohn Mor
“O objetivo de comunicação está alinhado ao objetivo do negócio, isso também pode estar relacionado à questões de governo”. Cristina Carvalho..
“Eu preciso ter diversidade no meu time, porque senão eu não consigo enxergar a realidade”, Patricia Santana
“Não é Fácil, Mas é possível” a palestra ministrada por Hugo Rodrigues, publicitário, reconhecido como uma dos mais influentes da publicidade e Executive Chairman da WMcCann, uma das maiores agências de publicidade do Brasil. A palestra conta a história de Hugo e os desafios enfrentados ao longo de sua carreira profissional até se tornar publicitário.
“Eu pensei em desistir, mas eu queria muito agradar meu pai e minha mãe. Mas se você não tiver um sonho maluco, você não vai conseguir e se você não tiver um propósito, você vai desistir”
Hugo Rodrigues
Na segunda mesa “Comunicação visual na era digital: fotografia e vídeo para engajamento comunitário” tivemos a presença de Maycon Motta, Alice Vergueiro, Pedro Tonelli, Maicon Lacerda e Andreza Oliveira. Nesta mesa os convidados abordaram métodos de inserir a periferia dentro da comunicação e como democratizar o acesso à informação dentro das periferias e contar as histórias da população que mora às margens da cidade.
“ Acredito muito na forma de se comunicar dentro da periferia, o que nós somos e o que fazemos dentro da periferia’. Maycon Motta
“A fotografia é uma ferramenta muito poderosa porque ela pode criar narrativas” Alice Vergueiro
“Eu entendi que através da produção visual, do jornalismo, eu poderia mostrar um lado de Carapicuíba que as pessoas não conheciam. Ter uma pessoa que é da comunidade, falando sobre a comunidade a gente consegue dar um outro sobre o lugar em que a gente vive”. Andreza Oliveira.
Repórter do Espaço do Povo, é cria do Jardim Ângela, formado em jornalismo e tem vivência em redação e assessoria de imprensa.