Censo 2022: Cobertura da rede de esgoto aumenta, mas desigualdades persistem
A falta de acesso a serviços básicos como água potável e coleta de esgoto afeta mais os jovens, pretos, pardos e indígenas
De acordo com dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o acesso à rede de coleta de esgoto no Brasil atingiu 62,5% da população. Apesar do aumento em relação a 2000 (44,4%) e 2010 (52,8%), ainda há um longo caminho a percorrer para garantir o saneamento básico universal.
A principal forma de esgotamento sanitário no país é a “Rede geral ou pluvial” (58,3%), seguida por “Fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede” (13,2%). A “Fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede” representa 4,2%.
Falta de saneamento básico afeta mais os jovens e as minorias
A falta de acesso a serviços básicos como água potável e coleta de esgoto afeta mais os jovens, pretos, pardos e indígenas. As faixas etárias mais jovens apresentaram maior incidência de precariedade no acesso à água potável e saneamento básico.
O Censo 2022 também revelou disparidades raciais no acesso à água potável e saneamento básico. As pessoas de cor ou raça amarela e branca apresentaram as maiores proporções de conexão à rede de serviços de saneamento básico e maior índice de presença de instalações sanitárias nos domicílios. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena obtiveram proporções menores.
Essa disparidade está relacionada à distribuição regional dos grupos, com maior presença da população de cor ou raça preta, parda e indígena no Norte e Nordeste, regiões com menor infraestrutura de saneamento.
Acesse o Censo 2022 completo no link: IBGE
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Repórter do Espaço do Povo e Correspondente local do Grajaú (SP) na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.