Brasil: Taxa de analfabetismo cai, mas cenário permanece desigual aponta Censo 2022

 Brasil: Taxa de analfabetismo cai, mas cenário permanece desigual aponta Censo 2022

Imagem: Imagem de freepik

Apesar da queda, 11,4 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não sabem ler ou escrever um bilhete simples

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje, 17, os dados do Censo Demográfico 2022 que revela uma queda na taxa de analfabetismo, mas demonstra as desigualdades presentes no país. Segundo a pesquisa Alfabetização – Resultados do Universo, em 2022 no Brasil, das 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Os números indicam uma taxa de alfabetização de 93,0% e a taxa de analfabetismo foi 7,0%. Em 2010, ano do último Censo, as taxas eram, respectivamente, de 90,4% e 9,6%.

A pesquisa identificou que as taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais altas em comparação às pessoas brancas. As taxas de brasileiros analfabetos com 15 anos ou mais pretos, pardos e indígenas foram, respectivamente, de 10,1%, 8,8% e 16,1%. Já as taxas das pessoas brancas ou amarelas do mesmo grupo etário foram de 4,3% e 2,5%, respectivamente.  

O número de pessoas pretas, pardas e indígenas analfabetas é mais que o dobro quando comparado com pessoas brancas. A de indígenas é quase quatro vezes maior. O IBGE aponta que de 2010 para 2022, a diferença entre brancos e pretos caiu de 8,5 para 5,8 e a vantagem também ficou menor em relação à pardos (de 7,1 para 4,3) e indígenas (de 17,4 para 11,7).  

O Sul permaneceu com a maior taxa de alfabetização chegando a 96,6%, em 2010, era de 94,9%. A região Sudeste passou de 94,6% para 96,1% em 2022. A taxa de alfabetização da região Nordeste apresentou um aumento em comparação a 2010, mas permaneceu a mais baixa em relação aos outros estados. Em 2022, a taxa chegou a 85,8%, em 2010, era de 80,9%. O Norte tem uma taxa de alfabetização que aumentou de 88,8% para 91,8%. A região Centro-Oeste passou de 92,8% para 94,9% em 2022.

Os dados completos da pesquisa estão disponíveis no site do IBGE: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/22827-censo-demografico-2022.html

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