Favela Cria 24: Evento de comunicação e criatividade movimenta Paraisópolis
O evento celebra a comunicação de impacto dentro e fora das favelas
Hoje iniciou a programação do Favela Cria 24, evento de comunicação e criatividade dentro da periferia da cidade de São Paulo. Organizado pela iniciativa Cria Brasil, agência de comunicação de Paraisópolis, o encontro busca democratizar o acesso às informações através de debates e rodas de conversas, tratando sobre iniciativas de comunicação,moda, cultura e publicidade, com palestras, painéis e workshops.
A abertura contou com a presença de Joildo Santos, CEO do Grupo Cria Brasil e fundador do
Jornal Espaço do Povo, atuante há 17 anos dentro da favela de Paraisópolis e Gilson Rodrigues, presidente do G10 Favelas. A primeira roda de conversa foi “Desafios e oportunidade do jornalismo local”, que contou com a presença de Matheus Oliveira,cria da zona leste, Matheus nasceu em São Mateus e atualmente trabalha no Jornal Valor, Guilherme Silva, repórter da Agência Mural, Luiz Lucas, jornalista e apresentador do podcast “Comunicação de Quebrada” e Ronaldo Matos, fundador do veículo de comunicação Desenrola e não me Enrola.
A conversa tratou sobre os desafios e as oportunidades de trabalhar o jornalismo dentro das periferias de São Paulo. Os participantes questionaram o poder das grandes mídias e sua influência dentro das periferias da cidade e como o jornalismo local deve se conectar com as pessoas que moram às margens da cidade e não têm acesso às informações necessárias que mudar a realidade das comunidades.
Ronaldo Matos“Um dos elementos que faz que a gente esteja muito mais distante de crescer na vida, é a falta de consumo de notícias”
A segunda roda de conversa foi “Ética jornalística e representatividade na mídia” e contou com a participação de Glória Maria, moradora de Paraisópolis, comunicadora institucional de Énois, Viviane Cezarino, jornalista e assessora de imprensa da Câmara Municipal de São Paulo e a jornalista Julia Correia.
Glória Maria “Como alguém que não está na nossa pele, não está na periferia pode entender as nossas questões ”.
A conversa tratou sobre a importância da representatividade dentro da comunicação e sobre a necessidade de abordar assuntos de interesse público, como política, segurança pública e sobre a importância de compreender a diversidade das pessoas que consomem a notícia.
Julia Correia
“Quando a gente faz jornalismo, a gente começa a enxergar o mundo de um jeito diferente, com muito mais respeito pelo nosso entorno”.
Repórter do Espaço do Povo, é cria do Jardim Ângela, formado em jornalismo e tem vivência em redação e assessoria de imprensa.