Por que as mulheres usam véu no Irã

 Por que as mulheres usam véu no Irã

Crédito: ReproduçãoTwitter

Nos últimos meses o mundo voltou seu olhar para o Irã, uma República Islâmica no Golfo Pérsico (Árabe). A morte de uma jovem de 22 anos, Mahsa Amini, presa pela polícia moral por uso inadequado do véu despertou ira e força na luta das mulheres iranianas pela dignidade e liberdade em seu país.    

Os protestos ocorreram em diversas províncias, como em Rasht, Isfahan e Qom, comunidades historicamente conservadoras. Os atos contra o uso obrigatório do hijab e consequentemente sua repressão por não usá-lo que parte do Estado evidencia a brutalidade e violência sistemática contra os grupos minoritários e mulheres que são cotidianamente reprimidos e mortos no país em discussão.        

Ao passo que, para evidenciar a dificuldade de vencer o monstro que é o Estado, fazem mais de 100 dias que os protestos ainda ocorrem e sem sinal de mudanças reais, e que de acordo com a Agência de Notícias de Ativistas de Direitos Humanos, mais de 500 pessoas desde o início das manifestações foram mortas, inclusive mortes de 69 crianças e pessoas sendo condenadas à forca em praça pública. 

Tendo por base os mandamentos da religião muçulmana, o uso do véu é indispensável a todas as mulheres logo após o primeiro período menstrual. A vestimenta, portanto, caracteriza obediência e submissão a Deus, mas que de fato essa subordinação mais parece aos homens do que ao poderoso divino.

O véu é citado no livro sagrado o Alcorão, Maomé, o profeta teria indicado a suas esposas que usassem a tal vestimenta, como forma de diferenciação de suas esposas em relação ás demais, como forma de status social, hoje levado ao pé da letra como uma lei no Irã e Afeganistão pelo seu uso obrigatório.

As mulheres que hoje desafiam o poder ditatorial islamico sob o slogan “Mulher, Vida e Liberdade”, buscam o livre arbítrio é a mulher quem deve escolher e não os homens com o bastão religioso debaixo do braço o que devem ou não vestir. Esse Deus dos homens que odeia as mulheres por não usar vestimenta adequada que odeia os gays ou quem desafia suas regras religiosas é um desserviço para a humanidade, pois cotidianamente em seu nome homens matam e degradam a humanidade.    

Digiqole Ad
+ posts

Cria de Paraisópolis, bacharel em Lazer e Turismo pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP. Pesquisador com foco na periferia e sua dialética com o Lazer e Turismo. Teve contato com projetos de impacto social em Paraisópolis e em áreas da Zona Leste.

Relacionados