Dia das Crianças: dicas para manter as crianças seguras no ambiente digital
Em outubro é comemorado o mês das crianças, além dos presentes, a data lembra dos cuidados necessários nessa fase da vida. Atualmente, 92% das crianças e adolescentes brasileiros, com idade entre 9 e 17 anos, acessam a internet diariamente, são 24 milhões de crianças, segundo a pesquisa TIC Kids, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), em 2022.
Nem sempre os responsáveis pelas crianças possuem tempo disponível para controlar o acesso das crianças a internet ou conhece maneiras de protegê-los dos perigos das redes sociais, jogos online e sites inapropriados. No Brasil, 86% das crianças possuem perfis nas redes sociais, são aproximadamente 21 milhões de pessoas.
A presença de crianças nas redes sociais sem o conhecimento dos pais pode ser prejudicial, devido o contato com pessoas desconhecidas, conteúdos ofensivos ou golpes. A pesquisa menciona que no WhatsApp 78% dos usuários são crianças e adolescentes, no Instagram 64%, 60% Tik Tok e 47% do público do Facebook. A rede social mais utilizada entre crianças de 9 a 12 anos é o Tik Tok, entre 13 e 17 anos, a rede social favorita é o Instagram.
“A falta de configuração padrão para que contas de jovens até 17 anos sejam privadas, diminuem a segurança digital desse público, já que os perfis públicos beneficiam os interesses comerciais das empresas, pois aumentam o engajamento, ao mesmo tempo que expõem os mais novos a contatos com desconhecidos”, afirma Maria Mello, coordenadora do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, organização que trabalha em prol da proteção e garantia dos direitos das crianças.
Confira algumas dicas do Instituto Alana para proteger as crianças que acessam à internet:
1. Que tal entender mais sobre os aplicativos e as plataformas que as crianças e os adolescentes estão utilizando? A partir disso, é possível construir um diálogo sobre as oportunidades e os riscos desses espaços;
2. Também é fundamental falar sobre as ações das próprias crianças e adolescentes nas redes afinal, eles também podem tomar atitudes que ofereçam riscos para outros jovens;
3. Além de combinar sobre o tempo de uso de telas, vale a pena ficar de olho na qualidade do conteúdo consumido. É importante se atentar à classificação indicativa de jogos, por exemplo;
4. O tipo de dispositivo utilizado pelos mais novos também pode facilitar ou dificultar o acompanhamento por parte dos pais. Um celular acaba sendo mais restritivo e pode estar presente em diferentes ocasiões do dia e atrapalhar momentos como durante as refeições;
5. O uso de telas deve estar equilibrado com momentos de lazer off-line, contato com a natureza e brincar livre. É importante proporcionar esse outro tipo de atividades e incluir mais vitamina N (Natureza) na rotina dos pequenos.
6. Busque formas de explicar como as plataformas mais utilizadas pelas crianças funcionam, como alguns conteúdos são produzidos e como chegam a cada um de nós;
7. Vale sempre lembrar de perguntar como as crianças e os adolescentes como se sentem após utilizar aplicativos ou jogos. Isso contribuir para trazer consciência para o uso;
8. Por fim, o mais importante é lembrar que crianças e adolescentes aprendem por meio de exemplos, logo o comportamento dos adultos deve condizer com os acordos e combinados estabelecidos aos mais novos.
Repórter do Espaço do Povo, é cria do Jardim Ângela, formado em jornalismo e tem vivência em redação e assessoria de imprensa.