Avanço da dengue preocupa Ministério da Saúde
Brasil vive uma epidemia, a tendência é que os casos aumentem; zika vírus e chikungunya também preocupam.
As altas temperaturas do verão e as fortes chuvas, favoreceram a procriação do mosquito Aedes Aegypt mais cedo esse ano. Conforme dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou até dia 27/03 um aumento de 38% de casos de dengue, 73% de chikungunya e 124% de pessoas com zika vírus, em comparação ao mesmo período no ano de 2022.
O Ministério prevê o aumento de casos nas próximas semanas, com transmissão sustentada (quando o vírus circula livremente). Nesta segunda-feira (27), o Brasil registrou 127 óbitos por dengue e 7 por chikungunya. Embora a zika não tenha causado nenhuma morte, ainda representa preocupação para as autoridades de saúde.
Em São Paulo, o número de casos de dengue é 47% maior, em relação ao ano anterior, é a maior taxa de transmissão desde de 2019, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O bairro da Barra Funda é o local com mais casos na capital paulista, são 42,2 por 100 mil habitantes, depois vem os bairros de Pari com 41,4 e Tremembé com 25,1.
Para Denise Valle, bióloga do Instituto Oswaldo Cruz, o poder público deve ser mais ativo nesta questão: “Precisamos olhar para isso com uma visão mais ampla. Claro que a participação da população é fundamental, mas não podemos esquecer que a saúde é uma responsabilidade compartilhada entre governo e sociedade”, afirma a bióloga em entrevista ao site Brasil de Fato.
Para evitar que tenhamos mais casos, é importante que a população atue em parceria com o poder público contra a procriação do mosquito Aedes Aegypti. Devemos evitar armazenar água parada em locais como vasos de plantas, garrafas e pneus. Limpe com frequência calhas e lajes da casa para não acumular água.
Repórter do Espaço do Povo, é cria do Jardim Ângela, formado em jornalismo e tem vivência em redação e assessoria de imprensa.