Paraisópolis vai às urnas e reelege Gilson Rodrigues presidente da União
- Francisca Rodrigues
- 8 de dezembro de 2014
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Quase 2 mil moradores participaram da eleição que elegeu a diretoria da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP) realizada no domingo, 07 de dezembro. Com o total de 1.887 votos, a Chapa 1, liderada por Gilson Rodrigues, foi reeleita e ficará à frente da União por mais 3 anos.
Responsável pela mudança que a comunidade vive atualmente, a UMCP trouxe inúmeros projetos sociais que hoje beneficiam diretamente mais de 5 mil famílias na comunidade, além de projetos de educação e inserção no mercado de trabalho como a Agência Comunitária de Empregos e a Escola do Povo, projetos que contribuem diretamente no desenvolvimento social e educacional da comunidade.
Das 10h às 17h, os moradores puderam votar em qualquer um dos 24 locais de votação espalhados pelas regiões: Centro, Grotão, Grotinho, Antonico e Brejo. Mesmo não tendo concorrência, pois não houve outra chapa que cumprisse os requisitos necessários para participar da disputa eleitoral (com apenas um voto Gilson Rodrigues poderia ser eleito) os moradores fizeram questão de sair de suas casas para votar.
A oposição
Diferente das últimas eleições, este ano apenas uma única chapa se mobilizou para cumprir os requisitos que o estatuto da entidade impõe a quem deseja concorrer a sua direção. Mesmo sabendo com 30 dias de antecedência, 2 semanas depois do prazo para a inscrição duas chapas apresentaram documentação incompleta e alguns membros não estavam associados a união. Dentre as irregularidades, foi verificado a presença de parentesco no conselho fiscal, o que é proibido pelo estatuto.
Além disso, uma tentativa de induzir a erro o judiciário, teve o pedido negado, e a eleição ocorreu normalmente. Veja cópia da decisão do juiz Ricardo Dal Pizzol.
Mesmo não concorrendo à eleição, opositores da Chapa 1 distribuíram na manhã do dia 7, jornais sem assinatura com acusações não comprovadas contra Gilson Rodrigues e toda a diretoria da União. Esta não é a primeira vez que isso acontece, na eleição realizada em 2011 também foram distribuídos jornais com o mesmo conteúdo, que novamente não estavam assinados. Embora não tenha um responsável identificado no material, foi coletado durante a eleição provas inequívocas da autoria e da distribuição do material calunioso. Sendo que agora os criminosos terão que responder pelos crimes à honra que realizam eleição após eleição com objetivo de enfraquecer a força que a comunidade construiu.
Fotos: Francisca Rodrigues
Jornalista, produtora cultural, diretora de comunicação da Cria Brasil, agência de comunicação de território de favela que surgiu com o compromisso de gerar impacto social positivo nas comunidades do país.