Mãos de Maria realiza quarta formatura e Associação das Mulheres de Paraisópolis conquista sede
Quem compareceu ontem ao teatro do CEU de Paraisópolis viu de perto a alegria dos formandos que concluíram o curso
Por Flaviane Fernandes
Não é nenhum exagero afirmar que a noite de ontem, 13 de abril, será inesquecível para a turma de alunos que receberam o certificado do curso de culinária – Mãos de Maria – projeto realizado pela Associação de mulheres de Paraisópolis e que tem como patrocínio o Instituto Afrânio Afonso Ferreira.
Camisetas brancas, cabelos arrumados e um sorriso no rosto, era fácil identificá-los na platéia, e quem pensa que cozinha é coisa apenas para mulher se enganou, lá no meio dos 30 formandos estavam eles, os 4 alunos que concluíram o curso.
70 anos de idade, mas com disposição de um jovem, senhor Francisco Oliveira Santos mostrou que nunca é tarde para sonhar. “Quero voltar para o Norte e montar uma lojinha de doces”, disse ele fazendo planos para o futuro. E se ele faz planos, Luciana Pereira de 33 anos conta que já colhe frutos do curso. “Meu casamento até melhorou”, disse ela, explicando que o fato de fazer salgados para o seu marido vender no trabalho a fez ser elogiada pelos colegas de seu companheiro e isso o deixava orgulho e feliz pela esposa.
Para completar o brilho da noite, ninguém menos do que Edu Guedes, padrinho do curso, compareceu para entregar aos formandos o certificado de conclusão. “Eu gosto de estar aqui, para mim é uma alegria participar desse momento tão significativo para eles, costumo dizer que cada um que aprende a fazer algo de bom, ao certo mudará a sua vida”, declarou. Durante a formatura Edu ainda se comprometeu a contribuir para que a Associação das Mulheres de Paraisópolis conquiste a sua tão sonhada sede, o que muito emocionou as diretoras e os espectadores da formatura.
Independência financeira, realização pessoal e expectativas para o futuro, são palavras que traduzem um pouco a importância da noite para essa turma de guerreiros e guerreiras que receberam o certificado e agradeceram à professora, dona Ivone por todo o carinho em lhes ensinar. A comunidade mostrou mais uma vez a força que possui e o quanto é unida. O teatro que não é um espaço pequeno ficou lotado e alguns precisaram ficar de pé.
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