Paraisópolis necessita de mais opções de cultura e lazer

Quem mora mais distante da região central não tem muitas opções culturais, pois é lá que se concentra boa parte das atividades com um leque de opções. Com a  falta de apoio na área da cultura, moradores de Paraisópolis  sofrem com a falta de atividades culturais constantes.   

Luau Paraisópolis é um dos movimentos culturais da comunidade realizado para atrair os jovens. Foto: Ka’Fernandes

Na tentativa de promover transformações culturais por meio da arte,  movimentos culturais, como o Ballet Paraisópolis, Orquestras Filarmônicas de Paraisópolis, Luau Paraisópolis, Sarau Paraisópolis, Amantes do samba e Clube de leitura Einstein, entre outros, desenvolvem  projetos cujos objetivos são incentivar a cultura local.  Porém  as poucas ações não são  o suficiente para que  jovens da comunidade sintam-se atraídos, e muitos   se voltam  para o pancadão, uma opção de entretenimento  que segundo moradores tem  gerado grande desconforto. 

O aglomerado de pessoas que frequentam as festas é tão grande na comunidade que as ruas Ernest Renan, Iratinga e Manoel Antônio Pinto ficam totalmente inacessíveis, moradores não conseguem sair ou chegar em casa seja a pé, carro ou moto. Por conta da falta de organização banheiros não são disponibilizados e os frequentadores acabam fazendo suas necessidades nas ruas e vielas próximas. Outro problema é a música nos potentes aparelhos de sons instalados em alguns carros que  ultrapassa a quantidade de decibéis permitida por lei. 

Se por um lado parece bagunça, por outro é considerado como manifestações de uma cultura que é da favela.   Muitos dos jovens que frequentam os pancadões, principalmente os que moram em Paraisópolis e sabem  dos problemas, afirmam que participam da festa por não ter outra opção.

Quem participa dos movimentos culturais da comunidade busca promover diversas manifestações artísticas e mostrar que não é só de pancadão que vive a favela. Embora existam outras opções de entretenimento, é necessário iniciativa do poder público para realizações culturais permanentes, incentivo para que os projetos sejam executados e  criação de espaços de lazer adequados. 

De acordo com o prefeito regional do Campo Limpo, Heitor Sertão, existe uma prioridade da prefeitura de levar outras opções para estas combater os pancadões. “A prefeitura preocupada com ausência culturais está criando opções de shows, teatros e outras atividades para assim ocupar os lugares dos pancadões”, conclui Heitor. A declaração foi dada na primeira quinzena de abril, até o momento as iniciativas culturais mencionadas não foram disponibilizadas para a população, que espera ansiosa por opções de lazer.

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