Aumento nos itens da cesta básica, força donas de casa a esticarem o orçamento para manterem a alimentação da família até o fim do mês
Não é de hoje que as donas de casa estão esticando o orçamento para manterem o alimento dentro do lar. São muitas famílias que vivem do salário mínimo, que teve recentemente um ajuste de apenas 15,9%, sendo este, anteriormente na quantia de R$1.045,00 passando ser a R$1.212,00. Ainda assim, não é o suficiente para manter os itens da cesta básica.
A pesquisa do Índice de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, no mês de abril atingiu 1,06%, sendo a maior taxa desde 1996.
Esses reflexos podem ser percebidos pelo aumento de pelo menos 8 de cada 10 produtos dos itens básicos que compõem a mesa do consumidor, o óleo de soja e o arroz servem como espelho para o aumento dos preços que os clientes pagam só com despesas de alimentação, fora as despesas com remédios, vestuário e outros produtos e serviços.
Bruna Thomaz, 35, é dona de casa e mãe de dois filhos, uma adolescente de 12 anos e o filho menor de 6 anos. Ela se viu forçada a diminuir a ida ao supermercado, que antes era em média de duas a três vezes no mês, para ir apenas uma vez, devido ao alto preço dos alimentos e produtos de higiene. Quando perguntada sobre a compra das misturas do mês, como a de carne bovina e aves, diz que quase não compra, também devido estar mais caro nos mercados da comunidade onde mora, na zona sul de São Paulo.
A realidade dela é a mesma, enfrentada por muitas famílias que substituíram itens da cesta básica com preços mais caros, por produtos mais baratos, fazendo a troca das proteínas bovinas e de aves, por ovos e embutidos como salsichas e outros derivados.