14 de junho é o Dia Mundial do Doador de Sangue. Saiba como doar
Em 2023, 1,6% da população brasileira doou sangue pelo SUS
A doação de sangue é um gesto que ajuda a salvar muitas vidas já que a transfusão de sangue é necessária em diversas situações como anemias crônicas, cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves. Por isso, é importante ser um doador.
Nesta sexta-feira (14) é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data foi instituída em 2005 pela Assembleia Mundial de Saúde e é uma homenagem ao nascimento de Karl Landsteiner, imunologista austríaco que descobriu o fator Rh e as várias diferenças entre os tipos sanguíneos.
Além de uma forma de agradecer e celebrar as pessoas que já são doadoras de sangue, a data visa conscientizar sobre a importância do gesto. Vale ressaltar que o procedimento é seguro tanto para quem doa quanto para quem recebe. Antes da doação, é realizada uma triagem dos doadores com testes e entrevista.
O Ministério da Saúde lançou hoje a campanha “Toda vida é importante para alguém. Doe sangue, mesmo sem saber para quem”. Segundo o órgão, com mais de 3,2 milhões de bolsas de sangue coletadas no Sistema Único de Saúde (SUS), 1,6% da população brasileira foi registrada como doadora em 2023. A intenção é aumentar o número de doações regulares. Até março deste ano, foram realizadas 731.734 doações no Brasil.
Confira abaixo os requisitos para doar sangue:
- Estar em boas condições de saúde
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos, clique para ver documentos necessários e formulário de autorização)
- Pesar no mínimo 50kg
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas)
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
- Apresentar documento original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido por órgão oficial: RG – Carteira de Identidade física ou cópia autenticada; RG – Carteira de Identidade digital; CNH – Carteira Nacional de Habilitação física, com foto e filiação; CNH – Carteira Nacional de Habilitação digital, com a presença do QR Code.
Principais impedimentos temporários
- Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas
- Gravidez
- 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana
- Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses)
- Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação
- Tatuagem, maquiagem definitiva e micropigmentação (sobrancelhas, lábios etc.) se feitas em estabelecimento apropriado (seguro) e com todos os cuidados necessários (assepsia correta e material descartável), o prazo é de 6 meses; caso contrário, o prazo é de 12 meses
- Piercing ou brinco: se feitos em local sem mucosa, com material descartável e em estabelecimento apropriado, o prazo é de 6 meses; caso contrário, o prazo é de 12 meses
- Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 6 meses
- Qualquer procedimento endoscópico (endoscopia digestiva alta, colonoscopia, rinoscopia etc.): aguardar 6 meses
- Extração dentária (verificar uso de medicação) ou tratamento de canal (verificar medicação): por 7 dias
- Cirurgia odontológica com anestesia geral: por 4 semanas
- Acupuntura: com material descartável/agulha própria, aguardar 24 horas; em procedimento não seguro, aguardar 6 meses; se realizada com laser ou sementes: apto
- Vacina contra gripe: por 48 horas
- Vacina contra Covid-19: 7 dias
- Vacina contra Dengue: 4 semanas
- Viagem ao exterior para os Estados Unidos ou regiões com surto de Febre Amarela impede a doação por 30 dias após o retorno
- Europa: quem morou na Europa após 1980, verificar aptidão pelo Alô Pró-Sangue (11) 4573-7800.
- Doenças: Herpes labial ou genital: apto após desaparecimento total das lesões
- Herpes Zoster: apto após 6 meses da cura (vírus Varicella Zoster)
- Malária: quem esteve nos estados brasileiros com alta prevalência (como Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins) ou em países endêmicos para malária, aguardar 30 dias após o retorno para doar
- Febre Amarela: quem esteve em região onde há surto da doença deve aguardar 30 dias para doar, após o retorno; se tomou a vacina, deve aguardar 04 semanas; se contraiu a doença, deve aguardar 6 meses após recuperação completa (clínica e laboratorial)
- Covid-19:
- Candidatos que apresentaram diagnóstico ou suspeita de Covid-19 estão aptos a doar 1 semana após a cura
- Candidatos assintomáticos com teste positivo estão aptos a doar após 10 dias da data de realização do teste
- Candidatos que tiveram contato com casos positivos de contaminação por coronavírus estão aptos a doar após 7 dias do último contato
- Candidatos que fizeram isolamento voluntário ou por orientação médica estão aptos a doar após o término do tempo de indicação de isolamento
- Profissionais de saúde estão aptos a doar, desde que estejam fazendo uso correto de EPI.
- Dengue:
- Não hemorrágica: apto a doar 4 semanas após a cura
- Hemorrágica: apto a doar 6 meses após a recuperação completa
Principais impedimentos definitivos
- Hepatite após os 11 anos de idade*
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas
- Uso de drogas ilícitas injetáveis
- Doença de Parkinson.
* Hepatite após o 11º aniversário: Recusa Definitiva. Hepatite B ou C após ou antes dos 10 anos: Recusa definitiva. Hepatite por Medicamento: apto após a cura e avaliado clinicamente. Hepatite viral (A): após os 11 anos de idade, se trouxer o exame do diagnóstico da doença, será avaliado pelo médico da triagem.
Cuidados após a doação
Para quem já doou sangue, é importante respeitar os intervalos. Para homens são 60 dias (máximo de 04 doações nos últimos 12 meses) e para mulheres são 90 dias (máximo de 03 doações nos últimos 12 meses). Confira abaixo as recomendações da Fundação Pró- Sangue:
- Antes de deixar o banco de sangue, permaneça sentado por, pelo menos, 15 minutos. Coma e beba o lanche oferecido.
- Ingerir quantidades extras de líquidos nas primeiras 24 horas após a doação. Isto ajuda na reposição do volume perdido. Esta medida é particularmente importante nas primeiras 4 horas após a doação.
- Evite subidas pesadas e exercícios físicos extenuantes por 12 horas. Isso previne sangramentos e ajuda na cicatrização do local onde a agulha foi colocada e permite que o corpo se ajuste à perda de volume ocorrida na doação.
- Mantenha o curativo no local da agulha por, no mínimo, 4 horas. Se você notar que o local voltou a sangrar, aplique uma pressão sobre o local por 2-5 minutos e então troque o curativo, mantendo-o por mais 4 horas.
- Se, após deixar o banco de sangue, você sentir mal-estar, tontura, fraqueza e sensação de que vai desmaiar, sente-se em qualquer local e coloque a cabeça entre os joelhos ou então, deite imediatamente no chão com as pernas elevadas. Estas medidas evitam quedas da própria altura e aumentam a circulação de sangue na cabeça, aliviando rapidamente os sintomas.
- Se você acha que existe uma razão pela qual o seu sangue não deve ser utilizado para transfusão e você não pode ou não quis dizer isto durante a doação, entre em contato o mais breve possível com a Pró-Sangue e solicite que seu sangue seja descartado. O descarte será totalmente confidencial. Isto é de grande importância para a segurança da transfusão do sangue que você doou e dos pacientes que recebem seu sangue.
- Não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar por 2 horas.
Na ocorrência de febre, diarreia ou outro sintoma de doença infecciosa até 7 dias após a doação, entre em contato com o Hemocentro onde fez a doação. Acesse aqui para saber como agendar e os locais de doação na cidade de São Paulo. Endereços dos hemocentros da Fundação Pró-Sangue podem ser conferidos no site.
Pedido de ajuda
O banco de sangue do Hospital Servidor Público Estadual pede a ajuda de amigos e familiares para virem doar sangue em nome da paciente SONIA ASSIS FERREIRA, matrícula 1713365, para reposição da transfusão realizada. No cadastro é preciso informar o nome e a matrícula do paciente para que o retorno seja registrado. A doação é importante para que o estoque seja mantido em nível adequado.
Para doar não é preciso fazer agendamento. Basta comparecer de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, e aos sábados, das 8h às 16h (exceto feriados) na Rua Pedro de Toledo, nº 1800 – Vila Clementino – São Paulo. Próximo à estação de metrô AACD-Servidor (Linha 5 – Lilás). Mais informações em: (11) 4573-8166 ou (11) 4573-8249.
Jornalista, repórter do Espaço do Povo e correspondente local de Osasco, na Grande São Paulo, na Agência Mural de Jornalismo das Periferias.